sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Parabéns Luís


28/08/84 Nascia eu, em Oeiras.
Gordinho e olhos rasgados, vim parar aqui, a este mundo sem saber como nem porquê, mas recheado de saúde.
À mãe e ao pai queria agradecer, queria dizer tanta coisa mas ainda nem os via… queria saber quais as razões de eu ter vindo cá para fora, para um sítio que não é perfeito nem nada que se pareça, onde por vezes faz frio, onde as pessoas nem sempre são boas, onde reina a inveja e a guerra e onde por vezes não estou bem.
A vida foi-me dando respostas a todas as minhas dúvidas e pouco a pouco fui construindo a minha própria enciclopédia universal.
Obtive as mais variadas respostas mas nem sempre de acordo com as minhas expectativas porque pensava que o mundo, a vida, as pessoas era tudo sinónimo de paz, alegria, amizade.
Desiludi-me aos poucos… e logo eu, que estava tão bem dentro daquela barriguinha.
Ano após ano, dúvida após dúvida, resposta após resposta fui tomando consciência da realidade.
A adolescência trouxe-me novas maneiras, formas diferentes de pensar e ver as coisas. Novas realidades, novos amigos, novas experiencias… mas não deixei de me sentir, de saber quem sou e de onde vim.
Nunca tive pressa de crescer, até pelo contrário… queria que a adolescência fosse eterna porque aí eu fazia o que queria sem consequências (graves), não se levava a mal qualquer palavra dita ou acto realizado.
Mas tinha de seguir com a vida para a frente e tornar-me um homem. Enfrentar as dificuldades da vida, encarar as críticas, superar as contrariedades, ou seja, tinha de enfrentar o mundo olhos nos olhos e sem medos.
Ás vezes dou por mim a pensar até que ponto me consigo identificar nesta corda bamba entre a tendência do comodismo e conformismo de uma vida regular e uma incessante vontade de procurar sempre algo novo, que me faça sentir que aprendi mais um pouco, que cresci mais um pouco.
À parte dessa indecisão, eu vejo e aprecio muita coisa, mas dou valor a pouca.
A amizade e o amor são talvez as características que mais prezo.
Aprendi por mim próprio a não me preocupar com a diferença. Se é alto ou baixo, gordo ou magro, branco ou preto, pobre ou rico, feio ou bonito… a mim pouco me interessa. A mim, o que realmente me interessa é se é meu amigo.
Por todos esses amigos sinto uma amizade e um amor, gigantesco.
Tirem-me tudo aquilo que tenho mas não me afastem de vocês.
Amigos, mãe, pai, irmã, sobrinha, namorada este texto é para vocês, porque é com este amor e esta amizade, que todos vós me dão forças para lutar e enfrentar o dia-a-dia.
Afinal a vida também tem coisas boas… vocês.

PS: é com o maior orgulho que escrevo cada letra deste texto.

3 comentários:

Gonçalo Dias disse...

snif snif!! tou aqui "cuma lágrima no canto do olho"
Muitos parabéns lagartixa.
Que contes muitos

Ana Luisa disse...

Muitos Parabens Maninho:) 25 anos... tou mesmo a ficar cota.

Anónimo disse...

as tuas palavras sao lindas beijos da tia